O ex-conselheiro do Atlético-MG e empresário Márcio Cadar revelou recentemente que, em 2023, tentou realizar um aporte de R$ 200–250 milhões na SAF do Galo, via fundo de investimentos, mas não obteve resposta da gestão atual, apesar de encontros com o CEO Bruno Muzzi e propostas envolvendo também participação na Arena MRV. A oferta, que visava trazer aportes, know-how e governança profissional, acabou sem resposta formal pelo clube mineiro.
Atlético busca investimento estrangeiro para equilibrar contas
Dois anos depois, a realidade financeira do Atlético-MG segue pressionante. Com uma dívida que gira em torno de R$ 2,3 bilhões, a diretoria da SAF busca agora um aporte estrangeiro de cerca de R$ 700 milhões, com o objetivo de trazer alívio imediato ao fluxo de caixa, renegociar dívidas e garantir sustentabilidade a médio prazo. Para isso, foi contratada uma consultoria norte-americana que já assessora o clube na captação.
A dívida do Galo e a urgência por capitais
O montante necessário surge em meio a passivos significativos como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Arena MRV (~R$ 500 milhões), obrigações bancárias e programas como PROFUT/PESE, os quais contribuem para o elevado endividamento da SAF. Sem novos aportes, a alternativa será reduzir drasticamente a folha salarial ou renegociar termos contratuais com credores.
A dispersão de oportunidades anteriores, como a oferta de Cadar, e a atual busca por capital externo, revelam a evolução do plano estratégico do Atlético. De uma proposta ignorada em 2023, a diretoria agora persegue uma solução robusta para garantir que a estrutura esportiva e financeira do clube se mantenha competitiva e organizada a longo prazo.
Escudo do Atlético-MG | Foto: Pedro Souza/CAM |