Corinthians tem apenas dois reforços pagos em 2024 e acumula dívidas que passam de R$ 200 milhões

O Corinthians vive um dos momentos mais delicados financeiramente de sua história recente. Dos reforços contratados em 2024, apenas Hugo Souza e Matheuzinho, ambos comprados junto ao Flamengo, foram pagos integralmente.

Os demais negócios acumulam atrasos, ações na Justiça e até transfer ban, como no caso de Félix Torres, cujo clube de origem (Santos Laguna) exige pagamento imediato dos R$ 40 milhões da transferência.

Somadas, as pendências atuais do Timão chegam a mais de R$ 200 milhões, distribuídos entre clubes brasileiros e estrangeiros, além de jogadores.

Pendências atuais do Corinthians em 2024

Raniele (Cuiabá) – R$ 13,3 milhões. Dívida será quitada em 24 parcelas trimestrais via CNRD.

Félix Torres (Santos Laguna) – R$ 40 milhões. Dívida resultou em transfer ban; mexicanos querem pagamento à vista.

Rodrigo Garro (Talleres) – R$ 35 milhões. Apenas parte paga; caso está no CAS.

Pedro Raul (Toluca) – R$ 25 milhões. Timão renegociou atrasos e pagamentos estão em dia.

Talles Magno (New York City) – R$ 8,2 milhões pela taxa de empréstimo, ainda não pagos.

Alex Santana (Athletico-PR) – R$ 13,6 milhões. Dívida virou processo na Justiça.

Charles (Midtjylland) – R$ 9,7 milhões. Pagamentos atrasados; negociação em andamento.

José Martínez (Philadelphia Union) – R$ 11 milhões. Clube americano acionou a FIFA; caso foi ao CAS.

Cacá (Tokushima Vortis) – R$ 24 milhões. Nenhuma parcela paga até agora.

Matías Rojas – Justiça determinou pagamento de R$ 41,3 milhões + juros em 45 dias, sob risco de novo transfer ban.

Maycon (Shakhtar Donetsk) – R$ 6,3 milhões referentes ao empréstimo. Clube ucraniano acionou a FIFA; caso também está no CAS.

Cenário preocupante

A soma das pendências mostra um cenário de forte descontrole financeiro. Além das dívidas de 2024, o clube ainda precisa lidar com cobranças antigas, acordos judiciais e a pressão da FIFA e do CAS para resolver rapidamente os casos internacionais.

Se não houver acordo com os credores, o Corinthians corre o risco de sofrer novos transfer bans, que impediriam a inscrição de jogadores, e até sanções mais severas.

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